segunda-feira, 25 de maio de 2009

As pessoas andam 10% mais rápido do que há 10 anos, diz estudo

Este estudo não é novo, ele foi publicado há dois anos, como alguns leitores devem perceber ao ler o título. Mas, devido à adequação que o tema tem com a proposta do Ócio Científico e à dica do amigo Luiz Oliveira, resolvi falar um pouco sobre esta espantosa constatação.

Foi realizada uma pesquisa com pessoas de 35 cidades ao redor do mundo, incluindo algumas capitais brasileiras. Tal pesquisa se constituia de um experimento simples, os voluntários eram monitorados enquanto percorriam normalmente uma distância de 60 pés, ou 18 metros. Curitiba aparece em 6º lugar no ranking! Descobriu-se que as pessoas andam em média 10% mais rápido do que o diagnosticado em uma pesquisa da década de 90. O que há de interessante e ingrigante neste resultado não é apenas o fato de andar mais rápido, mas o que é revelado por meio disto. O mundo está mais rápido, as pessoas almoçam correndo, têm mil compromissos por dia, estão sempre com pressa e comprotem a saúde. Além dos riscos relativos a ataques cardíacos e muitas outras doenças decorrentes da pressa cotidiana, há muitos outros pontos que podem ser discutidos, como o reflexo direto e físico da informação em velocidade frenética. O dia-a-dia urbano impõe um ritmo acelerado, ao qual as pessoas têm de se adaptar para tentar subir na vida e cumprir as exigências de uma carreira bem-sucedida, aos moldes e à velocidade do capitalismo moderno.

As cidades mais rápidas do mundo:

1: Singapore
2: Copenhagen
3: Madrid
4: Guangzhou (China)
5: Dublin
6: Curitiba

Pesquisa de 300 mil euros prova: patos gostam de água

Obviamente o espanto com esta notícia não é a revelação feita por uma pesquisa científica, até porque não se trata de nenhuma revelação. "Bastava perguntar a qualquer fazendeiro", é o que disse uma britânica, pagadora de impostos, como os jornais ingleses gostam de frisar. A vergonha alheia é maior ainda quando temos a informação de que a pesquisa foi feita dentro da tradicionalíssima Universidade de Oxford, um dos principais celeiros do conhecimento mundial.

A justificativa dada pela pesquisadora se apoia no fato de que descobriram que os patos preferem ficar debaixo de um chuveiro do que no laguinho ou na piscina. Portanto, com tais resultados melhorariam as condições higiênicas nas fazendas e a criação de patos, com penosos mais felizes e águas mais limpas. "Sem contar a questão ambiental, já que os laguinhos rapidamente ficam sujos." ¬¬

Mas precisava de gastar 300 mil euros, mais de 800 mil reais, para descobrir isso? Desta vez foram os ingleses que pagaram o pato. Literalmente.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Todo mundo se acha bonzinho, diz estudo


As pessoas têm uma imagem de si muito mais moral e bondosa do que elas realmente são, dizem psicólogos da universidade de Columbia. Esta constatação não é muito difícil de fazer sem um estudo científico, ainda mais dizer que quando falamos de nós mesmos, somos as melhores criaturas do universo e a culpa por todos os sentimentos e características humanas negativas fica por conta dos outros. O problema é admitir que a gente também entra neste balaio. Os pesquisadores realizaram alguns experimentos simples, a exemplo de perguntar aos estudantes de uma universidade se eles iriam comprar flores na festa beneficente. A pergunta foi feita 1 mês antes e 83% disseram que eles mesmos iriam comprar, enquanto declararam que apenas a metade dos seus colegas comprariam. Passada a festa, constatou-se que apenas 43% do total realmente compraram as tais flores. Ou seja, as previsões pessimistas sobre os outros é que acabaram predominando. A matéria que li comenta sobre muitos outros exemplos interessantes. Engraçado é o nome que arrumaram para tal traço psicológico da auto-imagem generosa: mais-sagrado-que-vós. Ao que parece, este sentimento tende a ser menos errôneo e mais realista quando a gente faz julgamento sobre uma situação pela qual já passamos. Então, se você vai dizer que toparia ou não fazer trabalhos voluntários junto aos mendigos da sua cidade depende de suas experiências anteriores. Não quer dizer que quem já tenha feito não vai fazer, só que quem já fez não vai falar mentira. O efeito "mais-sagrado-que-vós" é mais brando em sociedades de lugares que valorizam a interdependência, a exemplo da China e da Espanha.

Bom, acredito que meu lugar seja mesmo entre os chineses, então. Não posso ficar me misturando com pessoas que não têm tanta moral e generosidade como eu.