
O estudo norte-americano, na verdade, mostra como pessoas que possuem o primeiro nome incomum têm mais chances de se tornar criminosos. As razões enumeradas pelos pesquisadores fazem bastante sentido. O primeiro fator é que as pessoas economicamente desfavorecidas tendem a colocar nomes incomuns nos filhos e, infelizmente, há uma estreita ligação entre pobreza e criminalidade. Segundo, os empregadores tendem a discriminar quem tem nome estranho para trabalhos de certas naturezas, o que representa um obstáculo a mais para essas pessoas na hora de conseguir trabalho. A terceira razão é que quem tem nome incomum é tratado de forma diferente pelos outros, viram motivo de chacota na escola, ganham apelidos maldosos, sentem mais dificuldade para se inserirem em círculos sociais e são associados com terroristas internacionais (a exemplo de um amigo meu, chamado Habib). Há ainda, o fato de que a própria pessoa não gosta do seu nome. Mas, diante de tantas desgraças enumeradas apenas em função de um nome diferente, não é de admirar que as pessoas se revoltam.
Claro que tais motivos não se aplicam à maioria das pessoas, afinal um nome é só um nome. Essa pesquisa não pode servir como base para preconceito. O contrário pode gerar problemas também. Eu, por exemplo, nem olho para o lado quando escuto gritarem "Bruno" na rua.
A matéria está aqui.